Ontem,
acompanhando o serenar,
me vi serenando.
Conversando
quase sussurrando
com a noite vazia.
Uma introspecção
em respostas e justificativas
entre tantas alegorias.
Não só saudade
mas a falta
que me fazes, poesia.
Escritos de recheios:
amor e desejo…
ou somente sexo.
O que não canso
é de tentar
a intimidade das pautas.
Minha paixão,
quase dependência,
creio, ainda, que seja com a pena.
Por vezes
tinteiros me fogem;
as palavras se escondem.
Sei que elas
também fazem rebeliões
aprisionadas no meu coração.
O tímido egoísmo
tenta defesas épicas
contra o orgulho da alma.
Enquanto a mente,
conceitua um imaginado
equilíbrio de ambos.
Acusando amor.
Cleópatra Melo
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